"A carne não é matéria, não é espírito, não é substância. Seria preciso, para designá-la, o velho termo “elemento”, no sentido em que era empregado para falar-se da água, do ar, da terra e do fogo, isto é, no sentido de uma coisa geral, meio caminho entre o indivíduo espaço-temporal e a idéia..."
Merleau-Ponty,
"O Visível e o Invisível"
Meio caminho entre o visível e o invisível, a Homeopatia segue ocupando seu próprio espaço no século XXI. Sem desprezar os efetivos avanços da ciência, homeopatas de todo o mundo enfrentam novas questões e novos desafios. Entendemos o ser humano através do mais abrangente dos olhares contemporâneos, aquele olhar visionário de Hahnemann já no século XVIII: o ser humano entendido em toda a sua multiplicidade, individualidade e integração à natureza. E, desde então, recorremos aos poderosos recursos naturais disponíveis para preparar um medicamento suave e eficaz. Os homeopatas do século XXI atestam a genialidade e a atualidade do pensamento de Hahnemann.
Pela eficácia dos seus medicamentos e pelo olhar humano amplo e profundo dos médicos homeopatas é que a Homeopatia se mantém numa época em que o imediatismo, a superficialidade e a frieza tecnológica dominam até a medicina. Os que não aceitam que a Homeopatia funciona, também não provam que ela não o faz. Porque sequer a encontram, já que ela não está no limitado espaço onde a procuram. O locus da Homeopatia, de fácil percepção para as mentes abertas, tem a sutileza de algo que flutua entre o indivíduo espaço-temporal e a própria idéia.